terça-feira, 22 de março de 2016

22 de março - dia mundial da água

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. 

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. 

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. 

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. 

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. 

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. 

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. 

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. 

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. 

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Traçadores aplicados no estudo de águas subterrâneas

Por Engenheiro Geólogo Rafael Colombo Pimenta

Em estudos relacionados aos recursos hídricos, pode ser necessário o uso de técnicas que busquem descrever o movimento da água em um determinado sistema. Pesquisadores procuraram desenvolver indicadores que pudessem dar pistas sobre a forma de deslocamento da água, agentes que pelo seu monitoramento, tornasse possível a descrição do movimento, ou seja, o delineamento, a composição da trajetória de águas superficiais, subterrâneas e atmosféricas, e a interação entre estes compartimentos da hidrosfera. Assim surgiram os traçadores aplicados aos estudos hídricos.
Os traçadores são, portanto, agentes químicos, físicos ou biológicos, que possam ser transportados pela água, ou que façam parte da própria água, e que tornem possível o acompanhamento do seu fluxo através do tempo e/ou do espaço. Podem ser considerados como traçadores substâncias químicas, isótopos, temperatura da água ou mesmo partículas sólidas. Estes traçadores podem ser transportados junto com o fluxo de água, e a detecção destes podem trazer informações sobre o processo em que a água foi submetida no sistema hidrogeológico em estudo.,

Os traçadores artificiais aplicados em estudos de águas subterrâneas são aqueles traçadores fabricados pelo homem e injetados propositadamente em algum ponto do meio hidrogeológico e que possam ser detectados em outro ponto com o objetivo de se estudar o comportamento do fluxo subterrâneo. Estes traçadores precisam atender alguns requisitos, como serem detectáveis em baixas concentrações, serem quimicamente estáveis, não oferecerem riscos de contaminação ao meio ambiente, serem de fácil aquisição e análise, e terem boa solubilidade em água. Mesmo não havendo um traçador ideal, pode-se escolher um ou mais traçadores de acordo com as informações que se desejam encontrar e com as características do meio em estudo.  Estão incluídos neste grupo os corantes fluorescentes, os sais, os isótopos artificiais e os produtos ativáveis.
Os traçadores naturais ou também chamados de ambientais são aqueles que estão presentes naturalmente no ciclo hidrológico, como parte da molécula de água, ou em solução aquosa, tais como os isótopos ambientais estáveis deutério, oxigênio-18, carbono-13 e também os isótopos radioativos trítio e radônio-222, por exemplo.
Estas técnicas, quando integradas com dados geológicos, hidrogeológicos, geofísicos e hidrogeoquímicos, permitem a obtenção de informações sobre a dinâmica das águas subterrâneas, podendo auxiliar na determinação de parâmetros importantes em pesquisas no âmbito hidrogeológico, tais como a condutividade hidráulica dos aquíferos, a taxa de recarga, a porosidade das rochas, a idade das águas e a dispersividade de contaminantes por exemplo. Com o uso da técnica dos traçadores também é possível a delimitação de bacias e áreas de influência hidrogeológica, a simulação de acidentes que possam causar a contaminação dos aquíferos, a calibração e validação de modelos de fluxo, a interação entre aquíferos, entre outros.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

7 RAZÕES PARA A REALIZAÇÃO DE MODELAGEM HIDROGEOLÓGICA COMPUTACIONAL

Um modelo hidrogeológico é uma simplificação do comportamento do sistema das águas subterrâneas através da organização e síntese dos dados disponíveis. Primeiramente é feito de forma conceitual e posteriormente pode ser concebido de forma numérica/computacional. Existem diversos códigos que podem ser utilizados para este fim, sendo os mais comuns os softwares Visual Modflow e o Feflow, por exemplo. Abaixo seguem sete motivos para que seja realizada a Modelagem Hidrogeológica Computacional dos aquíferos de uma região. 1. Avaliação de cenários de explotação de aquíferos (planejamento de recursos hídricos); Através de um modelo numérico é possível estimar os impactos decorrentes do bombeamento de poços em uma dada região. Desta forma, os gestores dos recursos hídricos podem estimar os volumes explotáveis no decorrer do tempo de forma a não comprometer os aquíferos locais. Evitando desta forma conflitos pelo uso da água, e resguardando o empreendedor de problemas com a justiça e órgãos ambientais. 2. Melhoria da compreensão de um sistema hidrogeológico; Um modelo auxilia na compreensão do sistema hidrogeológico como um todo, pois as todas as informações disponíveis são inseridas, podendo desta forma apresentar os sentidos dos fluxos, a interação entre aquíferos, as respostas dos aquíferos frente à intervenções , o transporte de contaminantes etc. Este melhor entendimento das água subterrâneas é vital para que possíveis intervenções sejam planejadas de forma que alcancem os resultados esperados, gerando economia para o empreendedor. 3. Obtenção de parâmetros hidrodinâmicos (modelagem inversa); No processo de calibração de um modelo é possível obter parâmetros hidráulicos, como a condutividade hidráulica dos aquíferos e a sua recarga, por exemplo. Comparando-se o sistema real com os resultados calculados pelo modelo é possível determinar com certa precisão os parâmetros hidráulicos que resultem em uma resposta do modelo coerente com a realidade. 4. Avaliação da interação entre águas subterrâneas e superficiais; Através de um modelo computacional é possível estabelecer relações entre as recargas dos aquíferos, fluxos subterrâneos e as descargas através dos corpos de águas superficiais, por exemplo. Podem-se analisar os impactos nos cursos de água de acordo com as intervenções nos aquíferos, ou mesmo avaliar o impacto nos aquíferos mediante alterações na superfície do terreno. 5. Previsão de avanço de plumas de contaminação; Fontes poluentes como esgotos, produtos químicos, resíduos, rejeitos etc. podem ser transportados pelas águas subterrâneas formando as plumas de contaminação. Os modelos podem prever o espalhamento destes contaminantes, auxiliando no gerenciamento de áreas contaminadas e ser ferramenta de apoio em casos de remediação destes aquíferos. 6. Projetos de redes de monitoramento; Conhecida a disposição dos aquíferos, o fluxo subterrâneo e o transporte de contaminantes, podem-se projetar redes de monitoramento que estejam mais adequadas ao monitoramento proposto. Isso gera economia na perfuração, instalação e monitoramento dos poços. 7. Estudo de alternativas de remediação. O método utilizado para a remediação de uma área deve levar em conta o fluxo subterrâneo e a relação entre o contaminante e o meio hidrogeológico no qual ele está inserido, também gerando redução de custos e de tempo para a descontaminação dos aquíferos. Para maiores informações consulte-nos Nova Terra Geologia e Meio Ambiente Contato: (31) 99288-0331 Falar com Rafael novaterrageologia@gmail.com